sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Agradecimentos!


Eu sou tão medíocre que você ainda entra no meu blog para ler as merdas que eu escrevo. Então, quem será que é medíocre aqui? O que me dá mais prazer, é saber que uma pessoa como você tem inveja de mim por não ser absolutamante nada!
Ah, e obrigada por aumentar as estatísticas do meu blog, cada vez que você acessa minha página aumenta minha popularidade!
Bjuss e até a próxima postagem!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tequila e Piña Colada

E depois de uma noite regada à tequila e piña colada Alice acordou. Um pouco tarde como de costume, mas ainda em tempo de tirar aquilo que crescia dentro dela. Decidiu após um sonho arrancar de dentro dela tudo. Mesmo que aquilo custasse uma vida. Ela nem sentiu dor. Adormeceu. E quando acordou novamente o relógio não parecia ter andado. Não deixaria aquilo durar mais nove meses. Quando saiu daquele quarto escuro, tudo parecia mais colorido. Como ela gostava. Então decidiu andar sobre a areia fofa e deixar o vento bater em seu rosto. Sentiu o gosto da água salgada nos lábios. Viu paisagens que nem em sonhos havia imaginado existir. Esteve com pessoas que valiam à pena. Aproveitou cada segundo. Cantou. Pulou. Dançou. Fez amor no chão. Foi acordada por uma voz calma e serena. Não aos berros como a Rainha de Copas costumava fazer. Nem precisou correr atrás do coelho branco para lhe lembrar que era sábado. Dia de ficar com as pessoas que se gosta. Só esperou deitada na rede sentindo um frio gostoso e ouvindo música latina. Era dia dela. E nem precisou ir à igreja para vestir sua armadura. O fez ali mesmo, olhando para o mar que trouxe sua felicidade novamente. E entendeu que o egoísmo não tem cura. Juntou suas mãos e agradeceu. Pediu. Orou. Por tudo o que já havia passado e pelo que viria. Por ter acabado com uma vida que nem havia começado. Por estar viva. Percebeu que bênçãos são bênçãos para quem as deseja. Maldições são maldições para quem as roga.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Um homem precisa viajar...



"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

Amyr Klink

domingo, 3 de outubro de 2010

Alice...


Alice nasceu no ano do dia internacional do beijo, que foi marcado pela guerra de um país azul e branco, que ela tanto sonha em visitar. No fim do mês das noivas. Em um dia par. Regida pela dualidade de um signo que tem estampado em sua pele. Veio ao mundo com dificuldade. Precisou de ajuda. Uma vez para nunca mais. Quando pequena gostava de prender os cabelos, todos os dias com um penteado diferente. O azul era sua cor e seus dias ficavam mais vivos com sua presença. Olhos grandes e arredondados. Tímidos confesso, mas encantadores. Sua pele branca combina com suas madeixas grossas aloiradas. Sua fascinação por aventuras lhe rendeu algumas cicatrizes, que a fazem lembrar de uma época em que não se pensava em acordar cedo e bater cartão. Foi criada sozinha. Não solitária, mas por ela mesma. Aprendeu a fazer amigos e a dançar como Ana Botafogo. Algumas vezes arriscou colocar as mãos por entre a lama para expressar seus sentimentos. Mais tarde entendeu que não há melhor maneira de fazê-lo senão com uma caneta e um papel. Cresceu. Em alguns anos desabrochou uma mulher-menina. Os cabelos mais claros e a pose de bailarina sempre ereta lhe davam mais segurança. Ah, Como poderia deixar de falar de seu sorriso. Sorria não somente com os lábios, mas com a alma e os olhos. Escancarava deixando mostrar seus dentes brancos e pequenos. Um dia ouviu de alguém que já não importa, que se seus olhos não brilhassem ao sorrir, este não era verdadeiro. Desde então seus olhos parecem dois faróis quando estica os lábios. E não é somente seu sorriso que é perceptível. Sua risada pode se fazer ouvir a metros de distância. Gosta do que ela é agora. Da pessoa que se transformou. Ela sabe o quanto foi difícil, mas mesmo assim o fez. Poucas pessoas passaram por transformações tão grandes em tão pouco tempo. Chorou algumas vezes quando viu seu anjo partir. Mas isso foi há muito tempo. Tempo esse em que a música fazia sentido. Deixou câncer a dominar e então consegue ver tudo por três lados. Não lamenta. Agradece. Todos os dias. Mas em alguns dias frios ela chora. Nos de sol acontece às vezes. Mas chora onde as lágrimas possam se misturar à água e rolar cano abaixo.
As unhas sempre vermelhas como se pudessem agarrar o mundo e não deixar o tempo escorrer por entre seus dedos. E ele passa tão rápido que nem o coelho consegue o alcançar mais. E tudo isso é muito estranho para ela que agora até usa relógio, para ver se ele a obedece. Mas ele não dá ouvidos aos seus pedidos e chamados urgentes. Então Alice procura aproveitá-lo da melhor maneira sempre quando pode. Vive. Como se cada dia fosse o último. Não sabe se será, então faz o seu melhor. Para deixar no mundo um pouquinho de sua doçura. Parte de seus pensamentos. Muitos de seus sorrisos e suas gargalhadas. Pois a única coisa que importa para ela é ser feliz!