sábado, 13 de dezembro de 2008

Bandeira branca amor.


Tudo parece diferente. As janelas continuam saltando, mas ao me olhar no espelho já não enxergo o azul que assolava minha alma. Só um verde esperança que uso para fitar as coisas boas da vida. Meu espírito descansa. E agradece. Foi um longo ano. Mas descobri o segredo. O sol se pronunciava e esquentou meu corpo. A noite uma forte tempestade anunciou a mudança. Minha armadura é dual. Hora lua, hora sol. Mas não deixo o dourado se apagar. As unhas vermelhas denunciam. Hasteio minha bandeira proclamando paz. Ando pela cidade como se ela fosse minha. Sem regras. Sem medos. Sem brigas. No teto estrelas. Não as que enxergava em seu olhar, mas minhas estrelas. Agora posso ver a Ursa maior e Leônis. O céu se abre para me dar passagem. O andar calmo de quem tem a vida ganha. Não tenho. Mas finjo ter. Só para não dar passos maiores que minhas pernas. Eu me rendo à noite fria. Fria e calma. Se não fossem pelos espaçados trovões diria que estava silenciosa também. Ajoelho-me e agradeço. Nem me sinto hipócrita. Só bem. A cevada não me parece tão amarga. Vai ver era a saudades que amargava meus lábios. E eu culpava a coitada. No mar velas apagadas. Na orla apenas algumas luzes acesas. Os prédios tortos parecem entender como me sinto. E o dia se pinta de cinza só para fugir da normalidade.

Um comentário:

SOMENTE PARA QUEM TEM CORAGEM DE SE IDENTIFICAR... O MUNDO É CHEIO DE COVARDES!